quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Amores…
O primeiro amor deixa marcas, o segundo experiências, o terceiro nos desperta, depois disso os outros são os outros, e o eterno é aquele que você leva até o último momento de vida…
sábado, 23 de outubro de 2010
No meu tempo…
Sou do tempo em que pregador no varal era sinal de sol quente, vento gostoso no final da tarde, rádio ligado em alto e bom som , cantarolando aquelas músicas
Ainda sou do tempo que filho pedia bençãos aos pais antes de dormir e ao acordar. Assim mesmo, sem muita noção da palavra, mas era obrigação! A kilometros de distância, a primeira coisa que faço quando telefono para meus pais é seguir a norma da casa.Pois é, eu ainda sou desse tempo!! O mesmo se fazia com o pai do primo da minha mãe que era primo segundo da minha avó…Entendeu não? Bom, é que ainda sou do tempo, que além das bençãos, elas vinham regadas à várias gerações e primo da bisavó era mesmo que primo legítimo e por ai vai. Nos dias atuais, pedir bençãos só se a causa-mortis estiver ao alcance, afinal todo mundo quer virar a página abençoado! Hoje em dia, bate-se um fio para pedir dinheiro aos pais e entregar problemas para eles resolverem. Benção de pai? Só se tiver com dinheiro na mão….
Ainda sou daquele velho tempo, que amar era sentir o outro apenas pelo olhar. Era algo sincero a princípio. Se era pra curtir, mas ao menos já rolava uma paquerinha, coisa já sabida por vários encontros e olhares anteriores. Então, dava-se por consumado o fica-fica nos bailinhos com sessões musicais totalmente divididas em ritmos, é obvio que os sucessos românticos aconteciam no meio da festa, e no final…pura estratégia!!! A dança tinha que ser autorizada, os garotos eram bem mais cavalheiros que os atuais! Hoje em dia eles são cavaleiros mesmo, literalmente colocam sela e montam ( ou vice –versa)! São os homens que tem pegada boa e as mulheres que de tão calientes, se ficarem um pouco guardadas acabam-se rotuladas por “pimenta vencida”! Humm, pegada boa era no meu tempo, que ele olhava no olho, ultrapassando os limites da retina, com a mão envolvida no cangote , falando baixinho mesmo que tudo fosse mentira, mas tinha muito mais sentido. Hoje em dia os homens (a grande maioria), olham de baixo pra cima, e até que chegue ao alcance do cérebro feminino, o cara já está em idade avançada, querendo mais uma casa pra chamar de asilo e uma mulher pra dizer que é dele! Só…
Ai ai, ainda sou desse tempo saudoso, que hoje a gente chama de tabacudisse do século XX.E olhe que nasci no final dos anos 70 e praticamente comecei a ter noção de ser gente nos anos 80…Nem faz tanto tempo certo?Aumentamos um número na casa do século, e a coisa mudou pra valer.Dá pra imaginar quando o século XXII chegar ?Até lá, vai ter gente com saudade do tempo em que o mundo exisitia….
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Morrer…
Morte não deveria ter gosto de lágrima, de partida, de saudade! Não deveria ter cheiro de flores, e gosto de garganta seca. Não deveria se vestir de preto, assim o escuro não traria medo, solidão!
Penso que aula sobre MORTE deveria ser enfatizada nas aulinhas de catecismo quando estamos nos preparando pra receber Jesus pela primeira vez. A verdade é que, sempre estamos preparados pra receber, mas pra entregar, perder, devolver, jamais!Só nos ensinam que houve um nascimento, e uma morte causada em prol dos nossos pecados. A sensação é mais de culpa e de “encantamento” pelo sofrimento, do que outro sentimento. A alegria da chegada não nos deixa imaginar que tudo é provisório, e um parto tem dois sentidos: o parto para a chegada, e um parto para o adeus…
O tempo vai passando e lágrima só faz sentido quando é de felicidade, de amores mal resolvidos, da dor de uma ferida. Acostumar !! Esse seria o verbo pra quem fica, quando a morte leva o que agora significa saudade. Acostumar-se a sentir o cheiro, o toque, ouvir o som de tudo aquilo que um dia foi vida, hoje de uma maneira abstrata. Entender que agora a morte poder ser vida para quem vai, de uma maneira diferenciada, é um ato de insessatez!
Não gosto de pensar em morte, de falar de morte, mas morrer é preciso! É o processo da vida humana! É cômico que um blog que nasceu ontem, hoje fala de morte…Sim! Por que a criação exige dois processos, o de VIVER e o de MORRER…e assim é também tudo que é material, mundano, concreto…Nada fica pra sempre, mas sempre se tem uma chance de se tornar imortal…é so deixar saudade!!!
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Transitivo
transitiva ou intransitiva…
sou eu, meu próprio verbo!
fazendo meu próprio tempo;
e o verbo hoje é VIVER !