sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Morrer…

Morte não deveria ter gosto de lágrima, de partida, de saudade! Não deveria ter cheiro de flores, e gosto de garganta seca. Não deveria se vestir de preto, assim o escuro não traria medo, solidão!

Penso que aula sobre MORTE deveria ser enfatizada nas aulinhas de catecismo quando estamos nos preparando pra receber Jesus pela primeira vez. A verdade é que, sempre estamos preparados pra receber, mas pra entregar, perder, devolver, jamais!Só nos ensinam que houve um nascimento, e uma morte causada em prol dos nossos pecados. A sensação é mais de culpa e de “encantamento” pelo sofrimento, do que outro sentimento. A alegria da chegada não nos deixa imaginar que tudo é provisório, e um parto tem dois sentidos: o parto para a chegada, e um parto para o adeus…

O tempo vai passando e lágrima só faz sentido quando é de felicidade, de amores mal resolvidos, da dor de uma ferida. Acostumar !! Esse seria o verbo pra quem fica, quando a morte leva o que agora significa saudade. Acostumar-se a sentir o cheiro, o toque, ouvir o som de tudo aquilo que um dia foi vida, hoje de uma maneira abstrata. Entender que agora a morte poder ser vida para quem vai, de uma maneira diferenciada, é um ato de insessatez!

Não gosto de pensar em morte, de falar de morte, mas morrer é preciso! É o processo da vida humana! É cômico que um blog que nasceu ontem, hoje fala de morte…Sim! Por que a criação exige dois processos, o de VIVER e o de MORRER…e assim é também tudo que é material, mundano, concreto…Nada fica pra sempre, mas sempre se tem uma chance de se tornar imortal…é so deixar saudade!!!

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